11/05/2015




                                                             O VELHINHO REFORMADO


Ele é como a folha de Outono caída da arvore e castigada pelo vento! Lá está ele sentado, pelos anos vergado, lá está ele no Jardim Municipal, dormitando, tentando afastar o sono. Às vezes ao sabor amargo do abandono! Ele tal como ela, a folha murcha e amarela, também se sente mirrado! Amargamente, é o fim que sente! Ele, o reformado, é agora "fustigado" pelo tempo, qual catavento o é pelo vento. À sua mente agora cansada, veem lembranças e mais lembranças de outrora. Daquele tempo! Pela sua cara agora rugosa, que já fora fresca como fresca rosa, deixa rolar à vontade, uma lágrima teimosa, com saudades da mocidade!


Nota. Este poema foi escrito em 1985 e editado no Jornal de Pombal o E C O .   Agora reeditado no meu blog (OPINIÃO E CIDADANIA).

                                                                                                    MÁRIO DE OLIVEIRA

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