11/21/2015
A BELA DESINIBIDA
Ela era ainda muito jovem, alta loira e bonita. Gostei da sua subtiliza, da beleza que irradiava... Ela se bamboleava, com a simplicidade de uma caloira. Tinha uns olhos tão verdes e tão lindos, que até enfeitiçava!... Logo que estacionou o vistoso e luxuoso automóvel, para o bar se dirigiu, sempre muito confiante e sozinha! No bom gosto do seu traje e no gesto que dava ao cigarro, ainda mais se notou, mais se acentuou a sua esbelta linha! Foi então que eu pensei: Te-la para mim seria delirante!! De imediato, senti no meu, o seu olhar de fogo (...) Aquele olhar e daquela maneira, parecia conter o lume de uma fogueira! Deixou-me ainda mais confuso e hesitante! Ela continuou assim, sempre sorrindo para mim. Devorava-me tal como fazia com a tosta mista, que ia trincando com notório apetite. Sorveu delicadamente o suco de laranja e com voz meiga perguntou: És servido? Eu com um nó na garganta, para ali fiquei extasiado, deslumbrado e confundido. De seguida, ela levantou-se, pagou a conta e la se foi embora, com visível ar desiludido!!
MÁRIO DE OLIVEIRA
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário