11/06/2015




                                                           A RIBEIRA DA AVENIDA


Passava eu na Avenida, fugindo ao sol do meio dia, num dia quente de Verão. Dei conta da voz sofrida, que dizia poesia, com rima e com "refrão"! à fresquinha me abriguei na sombra que apetecia, ouvindo a voz que "cantava" e foi assim que me inspirei, escutando o que ele dizia e a Carminda comentava: A vida era violenta, ia dizendo o ancião, à mulher que o escutava. Já cá cantam mais de oitenta e sinto a recordação de quanto se trabalhava! Cantávamos no trabalho, para "matar" as canseiras e respirava-se alegria. Havia ali um carvalho, o resto eram oliveiras e nem um prédio aqui havia! Quando a sede nos chegava, descia-se aqui ao Ribeiro e avidamente se bebia, mas hoje eu não arriscava, basta cheirar o mau cheiro de muitos Rios em agonia!!

                                                                                                          MÁRIO DE OLIVEIRA

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