11/08/2015
O CANTO DO ROUXINOL
MOTE
Já comi e já bebi, já molhei minha garganta, eu sou como o rouxinol, quando bebe logo canta.
Andei na cidade à toa, corri ruas e vielas, sondei postigos e janelas, no Tejo andei de canoa. Assim procurei Lisboa, tanto olhei e não a vi e ela ali pertinho de mim. Resolvi então ir jantar, fui à Feira Popular, já comi e já bebi! Olhei e gostei do que vi, nas Docas de Alcântara-Mar, sorrisos e gente a dançar, havia alegria sem fim, era a Urbe juntinha a mim. Vi um belo rosto que encanta e a sede era agora tanta, que convidei a mais bela e de mão dada fui com ela, já molhei minha garganta. Com o fresquinho da madrugada, senti o odor da menina, junto aos cheiros da Marina e estava a noite acabada. De um Bar vinha uma balada e rodava a luz do farol. Já se desenhava o Sol e eu agora mais contente, cantando alegremente, eu sou como o rouxinol! Nesta manhã Outonal, tento vencer a canseira, deixei ao lado a Musgueira e demos um saltinho ao Seixal, passamos no Marquês de Pombal e a beleza é agora tanta, como o amor que nos encanta! Eu "cantei" a noite inteira, porque a gente por "brincadeira", quando bebe logo canta!!
Nota. Este poema foi escrito em 1995 e reeditado agora no meu blog.
MÁRIO DE OLIVEIRA
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário