NOSTALGIAS DE MULHER
Naquela tarde com nostalgia, a mulher assim se dirigia, ao poeta seu amigo, carta que guardo comigo e essa amiga assim escrevia: Eu olho a "OBRA" que ele fez, eu que no amor me enganei, somos agora só dois e não três, com a Vida que germinei! Assim lhe respondi então com um aperto no coração, abafando a dor e o grito, eu a quem chamam (o poeta maldito.) Tu que és mulher e mãe, agastada pelo choro da raiva, nesse teu oceano de incertezas, neste rumo que o destino te impõe, envolta que estás pela bruma da maldade. Tu ainda não estás perdida, nunca aceites o amor por caridade e agarra-te com força e coragem ao leme da vida! Tens minha amiga pela frente, um mar de rochas traiçoeiro, um labirinto enorme e perigoso, onde o culpado poderá ser queixoso. Ele que afinal é o culpado dessas lágrimas, de tanta tortura e nostalgia, esse homem que teima em roubar-te a alegria! Mas tu mulher e mãe, tens tudo aquilo que uma verdadeira mulher tem! Tens ainda se olhares bem, um Sol que te aquece e alumia. Tens a força que te dará força para sorrir, essa VIDA que é a tua razão de ser e de sentir!!
Obs.. Este poema foi escrito no ano de 1985 e inspirado numa carta desta mãe desesperada que hoje já é avó, refez a sua vida e é feliz.
MÁRIO DE OLIVEIRA
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