11/22/2015
AS LEMBRANÇAS DA EMBOSCADA
Na testa da Companhia, nas "picadas" da floresta, exposto ao sol do meio dia, agastado de agonia não me esquecia da véspera! Descobri o inimigo lá no meio das mangueiras, senti ali bem perto o perigo e disse cá para comigo, não vou ter boas maneiras. Ouvi tiros. Havia "festa", reconheci os tiros da (Breda) foi à entrada de Miteda e assim acabava a sesta! Era nova emboscada a valer e logo deixei de escrever, voltei a ser guerrilheiro, cumprindo assim com o meu dever, sem vacilar nem tremer, a guerra estava primeiro. Ouviram-se gritos de alerta, muitos trovões e a chover e o meu instinto desperta, para aquela morte agora certa, foi o Nogueira a morrer!! Ainda hoje guardo em mim, o horror daquele dia e só Deus sabe o que senti, a morte ali junto a mim e uma guerra que eu não queria!!
MÁRIO DE OLIVEIRA
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