10/16/2015
POMBAL CIDADE LIMPA
Manhã fatídica aquela de 26 de Outubro do ano 2006. Foi como que o acordar de um terrível pesadelo! Lembro-me e lembrar-me-ei para toda a vida. Para sempre! Por muitos anos que eu viva.
O espectáculo que os nossos olhos presenciaram naquela manhã, era degradante: Lama, mais lama e muito lixo. Automóveis arrastados e danificados, montras destruídas, caves e garagens completamente submersas! Enfim, milhares e milhares de euros de prejuízos.
Realmente quando em frente ao edifício dos CTT, deparei com tamanha desolação, não me foi possível conter as lágrimas. A emoção foi tanta que teimosamente as lágrimas rolaram pelo meu rosto, misturando-se no lamaçal ali existente. Só quem não viu, não saberá dar o real valor. Havia entulho por todo o lado! Foram removidas centenas de toneladas de lama e dos mais variados detritos, durante todo o mês de Novembro que se seguiu.
Tivemos um Natal triste. Para a população pombalense, o Natal de 2006, ficou marcado por aquele dilúvio de tristeza e degradação. Em minha modesta opinião, tudo isto aconteceu, porque a Natureza se revolta contra o Homem que, teimosamente continua com as suas agressões ao eco-sistema.
Mas na nossa cidade e no resto do país, continua-se a assistir à difusão de muito "entulho"saído das bocas das pessoas que infelizmente vivem com imenso défice de cidadania. Abusa-se do verbalismo pobre, que podemos comparar ao entulho e à lama a que acima faço referência. Com uma diferença apenas: Aquilo que se passou do dia 25 para o dia 26 de Outubro de 2006 em Pombal, foi uma catástrofe natural, uma espécie de dilúvio que não esteve ao alcance humano evitar. Porém está ao nosso alcance, evitar a calúnia, a mentira, o desrespeito na via pública. Isto a que me refiro, é para muitos letra morta. Abusam do verbalismo pobre e obsceno como se esse tipo de linguagem os dignificasse .
No presente, vivemos outra vez numa cidade limpa. Pombal tem novamente jardins bem cuidados e limpos, existem belos espaços de laser, bons parques infantis que fazem as delícias das nossas crianças, onde elas se recriam brincando. Porquê sujeitar então os nossos filhos, netos e bisnetos, a tamanha sujeira? Podemos e devemos evitar proferir palavrões que em nada abonam quem os diz.
Estamos quase em tempo de Natal. É tempo de tempo novo! É tempo de recordar com angústia, tudo aquilo que não fomos capazes de evitar. É tempo de nos lembrarmos que, entulho é entulho, venha ele de onde vier, saia de onde sair, mesmo que seja das nossas bocas.
Eu afirmo veementemente que, não fora a linguagem pobre e tantas vezes deprimente, de certa gente,
Pombal seria a cidade ideal para se viver.
Falar mal, usar e abusar de palavreado "baixo"e obsceno, também é poluir o ambiente. Também é sujar! Esta cidade, que é a nossa cidade, ainda não está totalmente limpa. A sujidade a que me refiro, aparece mais quando se realizam eventos: Festas, festividades públicas, jogos de futebol e até mesmo nas nossas praias. O meu apelo é que pronunciemos correctamente as frases, acentuadas com a devida pontuação gramatical. Alguns ha, que no lugar das virgulas ou pontos, aplicam todo o tipo de asneirada, vocabulário pobre e triste e nem sequer se importam, do lugar onde largam o lixo.
Quanto mim sugiro: Devem ser instituídas pesadas coimas, para quem profere obscenidades em público. Queremos e temos o direito, de viver numa cidade de Pombal limpa e num país livre do lixo e pobreza verbal.
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