10/15/2015




                                                O BAILE DAS VELHAS


Era já noite "alta" em tempo de verão, saí com a minha amada e fomos dançar, em torno do local havia tanta confusão, mas a noite estrelada convidava a amar! Recebemos permissão para entrar no local, de cartão na mão à procura de lugar, na mistura dos odores senti-me um pouco mal, havia tantos perfumes que mal se podia respirar. Vi caras tão cansadas de cintas apertadas, ali à minha volta tudo era confrangedor, viúvas, casadas, solteiras e divorciadas, tantos homens e mulheres carenciados de amor! Eu sempre dançando nos braços da minha amada, beijamo-nos e dançamos exaustivamente até transpirar. Eram agora já duas e meia da madrugada, vieram agora os sons de uma kizomba para variar! Dançamos valsas, tangos, swings e outras melodias. Mas estava chegada a hora de nos irmos embora. Deixamos para trás aquela dancetaria de fantasia, que nos fez lembrar tudo o que o mar rejeita e põe fora.


                                                                                             Mário de Oliveira

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