5/17/2016

                                             AS MEGALOMANIAS DA EUROPA

 

Diz-se por aí à boca cheia, que o futebol é o ópio do povo. Na verdade, proporcionar futebol aos homens e tele-novelas às senhoras e o ideal. Desta maneira mais de metade das preocupações desaparecem como por magia.
Portugal sempre foi mal governado. Os nossos políticos fazem todo o tipo de tropelias e finalmente nunca lhes acontece nada. Os chamados crimes de (colarinho branco) ocupam milhares e milhares de páginas e depois de tudo "espremido" dá em nada. O Super Juiz Carlos Alexandre, já constituiu uma quantidade apreciável de arguidos, mas a corrupção está de tal forma instalada na nossa Sociedade e na nossa Economia, que se torna dificílimo extirpar tamanho "polvo". Desde políticos conceituados, a banqueiros e até a Inspectores da Polícia Judiciária, ninguém tem sido poupado ao frenesim das investigações levadas a cabo pelo Ministério Público.
É de futebol que importa falar, porque essa actividade movimenta milhares de milhões de euros. Na idade média e mesmo há cerca seiscentos ou setecentos anos a trás, as mulheres eram vendidas em hasta pública. Eram consideradas "prendas" para satisfação sexual dos homens. Elas eram metidas numa espécie de jaulas verticais em ferro e assim eram leiloadas, passando para um novo dono, ou seja para aquele que pagava mais.
Nos tempos actuais, é frequente ouvir na Comunicação Social, na venda deste ou daquele jogador de futebol, ou seja na comercialização dos seus passes. Na verdade, os Clubes, não compram apenas os passes, mas sim os respectivos jogadores. Então é caso para perguntar; Não será esta uma nova forma de "escravatura e degradação" da pessoa humana? Ou será que o futebol é uma plataforma excelente para a "lavagem" de dinheiro? Seja como for, é de admitir que, onde há muito dinheiro há corrupção pela certa.
Há alguns anos atrás, ao fazer um (Poema), imaginei-me um extra-terrestre e estacionei a minha nave sobre um Estádio de futebol. Não conseguia entender porque razão os ( Terráqueos) corriam esbaforidos perseguindo aquele objecto esférico e assim que o alcançavam chutavam-no para longe. Era um comportamento de gente maluca, pois na minha mentalidade de extra-terrestre as coisas não batiam certo.
O que eu quero com isto dizer, é que ficamos com a sensação, que toda a vida gira em torno do futebol. Não se dá valor a um bom médico, a um bom enfermeiro, a um bom advogado, a um bom Juiz, a um bom pedreiro!
Quando vemos um futebolista, falhar de baliza aberta e não é responsabilizado e vemos tantas vezes médicos processados acusados de incompetência profissional. Afinal há dois pesos e duas medidas?
Mas não resisto a perguntar o seguinte: ( Afinal quem paga o futebol? ) A resposta é a seguinte; Quem paga o futebol somos todos nós, os consumidores. Pagamos na publicidade que está incluída nos produtos e mercadorias que são por nós adquiridos. Tornamos a pagar novamente nos bilhetes de ingresso para os Estádios de futebol.
É tempo de perguntar a quem sabe; As nossas Finanças Públicas estarão a fiscalizar com oportunidade e conveniência todos os movimentos de capitais do futebol? As receitas de bilheteiras e as transferências astronómicas que são pagas pela compra de jogadores, estão a ser devidamente contabilizadas?
Para terminar, pergunto também; até quando esta discrepância de ordenados existente entre futebolistas, médicos, enfermeiros, operários e pedreiros? Eu digo que, enquanto não houver uma nova ordem económica e financeira, as Economias dos países, estarão cada vez mais débeis e os povos cada vez a viver pior.
Deixemos de ser ( megalómanos ) e olhemos para esses Estádios de futebol que estão por aí às "moscas" e outros autênticos "elefantes brancos" que foram construídos por este país adiante!
E tempo pois, de olhar, ver e reflectir!! Tenho dito,

                                                                                              MÁRIO DE OLIVEIRA

 


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