1/08/2016

                                                     TODOS SOMOS POLÍTICOS

Dizemos muitas vezes que não somos políticos. Porém eu acredito, que todos nós somos políticos em potencia.
     O Socialismo na Europa, entende-se por um sistema político e social justo e equitativo. Em teoria, os rendimentos do trabalho e as outras regalias inerentes são repartidas sempre equitativamente. O trabalho é um direito e ao mesmo tempo um dever cívico. ( A cada um segundo o seu trabalho e a sua capacidade). Este é um princípio básico do Socialismo Científico. Quer isto significar apenas, trabalho igual para salário igual. No que concerne às capacidades, o princípio é o mesmo; as responsabilidades devem ser adequadas às capacidades de cada um.
Numa Sociedade dita democrática como a nossa, está previsto e devidamente acautelado pela Constituição da República, o espaço político e social, que cada cidadão pode e deve ocupar, individual e colectivamente. O cidadão no seu espaço, inserido num partido político ou não, pode explanar livremente a sua visão, as suas aspirações, as suas correntes de opinião politicas. Tudo obviamente para o engrandecimento da democracia e do país. É sabido que, o sentimento político de cada cidadão, tem muito a ver com a sua origem económica, cultural e até religiosa. Os seus pensamentos, são um pouco o resultado daquilo que viveu, do que vive na actualidade e até da sua formação como profissional.
É frequente ouvir falar em políticas de esquerda, do centro ou da direita. No meu ponto de vista é cada vez mais difícil, o cidadão comum enquadrar-se nesta filosofia. Porquê?
Analisemos agora a titulo de exemplo, os candidatos actuais à Presidência da República Portuguesa. Todos querem mostrar uma grande humildade, mais do que isso aparentam uma pobreza que na verdade não têm! Alguns têm mesmo o desplante de aparecer de (marmita na mão) exibindo-a como que na esperança de a trocar por um bom "tacho".
Numa análise tão previsível como simplista, colocariam-se todos os pobres sob a jurisdição do partido comunista, todos os remediados sob a égide do partido socialista e todos os ricos e muito ricos, aos cuidados deles próprios. Se assim fosse, deixaria de fazer sentido o (discurso aos peixes do Padre António Vieira). Quando ele perguntava quantos peixes pequenos eram precisos para alimentar um grande.( Fim de citação.)
Mas realmente, a pobreza e a riqueza são antagónicos. Existe um fosso natural a separar estes dois interesses que são diametralmente opostos. As Sociedades fazem lembrar por semelhança, a paleta multicolor de um pintor artístico, onde as cores escuras ou mais sombrias, representam todos os desfavorecidos. É minha opinião que, quando a (trampa valer dinheiro, os pobres nascem sem cú.)
É verdade que as Sociedades têm de ter ricos, pobres e remediados. Devem servir-se uns aos outros de maneira harmoniosa e respeitável. Mas eu pergunto; Onde estão os políticos sérios e os juízes isentos? A grande questão Sociológica e política actual é que não há governantes sérios. Cada vez existe mais corrupção e os corruptos mais bem instalados nas Sociedades. Assim, aqueles que de boa fé, vão votando em quem acreditam, vão sendo enganados descaradamente, com falsas promessas, por aqueles que dizem sempre serem os melhores.
É frequente vermos os partidos da direita, fazerem e apregoarem políticas de esquerda e vice-versa. O trabalhador comum, aquele que realmente gera a riqueza do país, não sabe já em quem acreditar. É preciso fazer algo, encontrar talvez uma nova ordem social que traga credibilidade ao sistema instituído.
Nas campanhas eleitorais, os candidatos vão "pintando" os seus bonitos discursos, consoante as cores das zonas em que os fazem. Quando vão ao Alentejo por exemplo, os discursos são pintados de vermelho. Se discursam em Leiria fazem o discurso muito alaranjado. Se forem para Braga, o discurso torna a mudar de cor. Também fazem discursos cor de rosa. Enfim. Nas campanhas eleitorais é assim que se comportam e é desta maneira um pouco mais ou menos que alcançam o poder!
Depois quando já estão a governar e no fim de um coelho sair, tiram outro da "cartola". Vejam só o que eles fizeram agora com os funcionários públicos. São todos obrigados a apresentar nas respectivas Instituições, (um Certificado de Registo Criminal). Vá lá a gente saber para quê! Convido quem lê este artigo de opinião a fazerem as contas aos milhares de funcionários que existem e multiplicarem por cinco euros que é o custo de cada Certificado. Já agora Senhores governantes, não se esqueçam dos funcionários dos Tribunais. Ok? Tenho dito

                                                                                                           MÁRIO DE OLIVEIRA.

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário