1/27/2016

                                                        SEM ABRIGO DESPEJADO

Há alguns dias atrás, ao ler um Jornal diário, de grande tiragem no nosso país, deparei surpreendentemente, com o título de uma notícia que dizia assim: (Sem abrigo foi despejado.) Segundo a notícia, terá acontecido em Viana do Castelo. Um cidadão, não mais nem menos que o desgraçado que dormia debaixo daquela ponte, com os mesmos direitos e deveres, chamou a G.N.R. para despejar um homem, que por si só, já estava despejado e em sofrimento e numa situação tão difícil, que ninguém normal deve invejar.
Assim, a "maquina repressiva do Estado", cumprindo a Missão para a qual foi criada, deslocou-se ao local, convidando o indigente a abandonar aquele lugar onde se abrigava e passava as noites. Caso não cumprisse a ordem, seria despejado. É aqui que reside o caricato da situação: Como pode um homem ser despejado, se ele efectivamente já vive na rua? O que sinceramente me preocupa, é em pleno Século XXI, haver pessoas de coração tão empedernido, que não pensam na miséria alheia e que até um sem abrigo debaixo de uma ponte pode causar problemas a alguém!
Peço pois para o ano que agora começa, que haja mais humildade, mais humanismo e sobretudo mais cidadania!

                                                                                                  MÁRIO DE OLIVEIRA

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