CAVALO SELVAGEM
Sou da Quinta do Regato, do Concelho de Pombal, já fui vítima de maus tratos e condenado em Tribunal. Os artigos que escrevi, as árvores que já plantei, a casa que construí, tantas coisas já amei! Carinhos não recebi, passei fome e passei frio, tanta maldade eu já vi, que as vezes me dá fastio. Também dou meus sentimentos e nem só dinheiro é valor, eu escrevo os grandes momentos e confio-os ao computador. Nunca eu me recusei, a cumprir a obrigação, voluntário me alistei, lutei de armas na mão. Nasci e cresci selvagem, em tudo eu era o primeiro, catedrático da vadiagem, fizeram de mim guerrilheiro. Tantos poemas escrevi, tantos saltos de avião, em muitas coisas cumpri, dei cinco filhos à Nação!
MÁRIO DE OLIVEIRA
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