MORREU  A  MÃE  DO  POETA

Foi há tres dias, no dia vinte e tres de Fevereiro, que inesperadamente me chegou a triste novidade.

Um amigo de Viseu, eram treze horas, foi o primeiro, via telemóvel, muito atencioso e com bondade !

O meu amigo Fernando Pedro, cuidadosamente assim me disse; Amigo Mário, deve conformar-se, porque a sua mãe faleceu ! Já não existe.

Só Deus sabe o que naquele momento eu senti ! Nestas últimas horas, mal comi e mal dormi. Porque eu ia deixar de ver, aquela linda senhora, aquela Diva, que um dia me deu o Ser ! Aos noventa e quatro anos, sucumbiu ao sofrimento, mas dentro de mim, ela nunca irá morrer. Agora estou para aqui como que "perdido", olhando o Céu, tentando encontra-la no Firmamento !!

Não consigo deixar de pensar nela, nem um só momento, naquelas lindas mãos que tão bem sabiam acariciar, ela que amamentou e criou seis filhos com tanto sofrimento, ela que tantas vezes fez de mãe e pai para nos educar ! Ainda hoje guardo comigo os ensinamento que me deu, Ermelinda Rodrigues, muito conhecida de Coura,, Barrocal, ficará perpétuamente a mãe modelo e o seu nome, porque esse não morreu, porque apenas para o seu corpo a morte foi fatal !!

Mata Mourisca, 27 de Fevereiro de 2019

                                                                                                            O autor

                                                                                                   Mário de Oliveira