O INDIGENTE E SEU CÃO
Poesia
Nas ruas da grande Cidade
Chovia uma chuva teimosa
Numa atitude generosa
E movido pela humildade
Tive um gesto de caridade !
É um indigente sem sorte
Que vai vivendo em desnorte
Na busca de uma " gorjeta "
Com o olhar sombrio de morte
Atirado para a " sarjeta " !!
Pegou a moeda que lhe dei
Com tamanha " sofreguidão "
De olhos virados ao chão
Dando um esboço de " alegria "
Sorriu-me e chamou o seu cão !!
Falou-me da sua aspiração
Quero uma casa para me abrigar
Não tenho a ilusão de um lar
Vi-lhe no olhar o desencanto
Para eu viver basta um " canto " !!
A minha Alma entristeceu
Tive um " aperto " no coração
Sei que o amor não morreu
Ele amava tal como eu
Confessou-me amar o seu cão !!
Coimbra, 17 de Março de 2023
O autor
Mário de Oliveira N
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