3/01/2016

                                             A EUTANÁSIA E A SOCIEDADE

Presentemente está aberta uma polémica na Sociedade Portuguesa e que tem a ver com o Ministério da Saúde, nomeadamente com a Sª Bastonária da Ordem dos Enfermeiros.
Esta senhora Bastonária, terá feito ou não, algumas declarações, que terão ferido a susceptibilidade de muita gente e alguns bem posicionados.
A situação acontece, numa altura em que, em Portugal está colocado a debate público, um tema tão melindroso, como é a eutanásia e os seus efeitos. Ou sejam as suas implicações a nível emocional. Uma coisa há que me preocupa; Porquê só agora este debate? Numa fase em que a nossa população na sua maioria está envelhecida! Enfim, não estou a dizer nada, nem a insinuar seja o que for!
Sobre a grande polémica da eutanásia, já tive ocasião de me pronunciar num trabalho de minha autoria, que se intitula (EU A EUTANÁSIA E DEUS) editado neste blog.
No presente artigo de opinião, não retiro nem coloco qualquer vírgula, a tudo o que escrevi. Sou frontalmente contra a eutanásia e contra o suicídio medicamente assistido. A primeira razão que me leva a pensar assim é a seguinte; Não somos donos da nossa vida, nem o simples acto de respirar nos pertence. Porque a vida não é nossa, não podemos dispor dela. Outra razão é a seguinte; Todos os dias temos muitos cientistas e muitos Laboratórios, que descobrem novos medicamentos e processos de cura verdadeiramente inovadores. Lembro apenas o último medicamento para a cura da Hepatite B. A terceira razão é muitíssimo grave; Os Estados e os governos, não contemplam com verbas suficientes os Orçamentos de Estado, para que sejam mantidas com dignidade as Unidades de mais e melhores cuidados paliativos.
O nosso povo, diz e eu subscrevo, e vou citar: (Enquanto há vida há esperança. ) Fomos dos primeiros países a abolir a pena de morte e não faz qualquer sentido, transformar a nossa Classe Médica, nos carrascos do século XXI. A missão dos médicos, dos enfermeiros e de todos os profissionais de Saúde Pública ou Privada, é cuidar da vida e do bem estar dos doentes! Muito especialmente daqueles que estão prostrados com doenças degenerativas e aparentemente em estado terminal.
Acredito que, ANA RITA CAVACO, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, terá feito declarações, que agora veio desmentir. Digo isto, porque hoje mesmo, veio para a Comunicação Social, um Enfermeiro que declarou existir em Portugal, a eutanásia ilegal há cerca de quarenta anos. Este homem que pelos vistos está na Enfermagem há muitos anos, quis manter o anonimato, mas estou convencido que em sede própria irá falar tudo o que sabe. Afinal é verdade que a eutanásia tem sido prática ilegal em Portugal?
Seja como for! É tempo dos governos dos países entenderem, que a saúde das pessoas, tem muito a ver, com a prevenção das doenças e com a qualidade de vida que devem ter enquanto estão no activo. A forma como nos alimentamos, os espaços onde vivemos, os meios de salubridade ao dispor são formas de prevenir doenças. Todos estes factores de prevenção, são muito importantes para a longevidade e para uma velhice harmoniosa e mais calma.
Mas quando as pessoas são vítimas de doenças graves, os Estados e os governos, devem estar preparados para mesmo na doença, ministrarem cuidados paliativos de qualidade, até ao último suspiro do doente!
Vou terminar, mas antes quero dar um pequeno exemplo; Imaginemos um juiz a proferir uma sentença de morte, ao pior dos assassinos. Ao fazê-lo, esse juiz está a pôr-se a um nível inferior, porque friamente está a mandar para a morte um Ser Humano! Não defendo aqui criminosos tão pouco assassinos, defendo sim, os valores da vida Humana! Mais ainda, a pena de morte para alguém que mata e viola, é muitíssimo pouco para o crime cometido. No meu entendimento, devemos deixar essas pessoas em prisões de alta segurança e deixar que seja a Lei do Carma, (o Universo) a fazer a sua Justiça. Seja em que circunstancias for, nós temos sempre o dever soberano de cuidar daqueles que estão velhinhos, debilitados e doentes! Tenho dito,

                                                                                                     MÁRIO DE OLIVEIRA 


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